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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Carro desgovernado invade residência na Praia Morena


Carro desgovernado provoca acidente na Praia Morena
Benguela, 21/Abril – O condutor de um veículo ligeiro particular, que perseguia há dias em alta velocidade uma motorizada supostamente roubada na marginal “4 de Fevereiro”, à Praia Morena, na cidade de Benguela, perdeu o controle e invadiu uma residência, ferindo duas pessoas.

Segundo o proprietário do imóvel, Timóteo Mateias, antes de invadir a sala da casa, o veículo conduzido presumivelmente por uma adolescente, ainda atingiu e danificou a sua motorizada que se encontrava estacionada junto à estrada.

Acrescentou que vários móveis e equipamentos da residência, como geleira, cadeirões, televisor, estante, mesa e armário foram destruídos pelo veículo desgovernado.

Referiu que o acidente aconteceu quando ele assistia a um programa televisivo à tarde, tendo sido surpreendido com a invasão do carro que o jogou violentamente para o quarto e parte da parede e vários móveis caíram-lhe por cima, deixando-o imobilizando por algum tempo.

“O impacto foi tão forte que fui parar no quarto, onde ajudei a minha esposa a sair dos escombros, mas mesmo assim ela contraiu uma contusão no pé”, frisou, lamentando o facto de até ao momento o condutor acusado não ter arcado com os prejuízos.

“Ela vinha em alta velocidade na marginal da Praia Morena, quando tentou fazer uma manobra brusca para talvez deter uma motorizada, perdendo o controle do volante e o carro foi de encontro à minha residência. É um absurdo a irresponsabilidade de alguns condutores”, desabafou Timóteo Mateias.

Disse que o acidente deixou a sua esposa com dificuldades de andar para exercer a actividade comercial e sustentar a família, apelando, por isso, para a boa fé do condutor no sentido de reconstruir a parede e repor os móveis danificados.

“Ainda estamos traumatizados com o sucedido e é para nós difícil esquecer que estávamos à beira da morte, só Deus pode ter-nos salvo da tragédia”, explica, emocionado, o cidadão lesado.

Confirmou que a polícia já está a corrente do caso, tendo o autor do acidente se comprometido em reparar o mais depressa possível os danos, o que até agora não se concretizou.


Neste momento, de acordo ainda com a fonte, há um grande buraco em frente à sua casa coberto apenas com chapa de zinco, onde à noite, o vento e a insegurança iminente tiram o sono à sua família.

Por José Honório

domingo, 10 de abril de 2011

Mais de mil mulheres dão à luz filhos na maternidade de Benguela

Benguela, 31/Abr – Pelo menos mil e cento e treze mulheres, dos 13 aos 42 anos, deram à luz filhos na Maternidade do Hospital Geral de Benguela de Janeiro a Março deste ano, informou a enfermeira-chefe daquela unidade sanitária, Rosa Cardoso.

A responsável avançou essa informação após uma palestra sobre “Mortalidade materna neo-natal”, inserida na visita à maternidade da directora provincial da Família e Promoção da Mulher, Maria Idalina Carlos, no âmbito do encerramento da jornada Março Mulher em Benguela.

Sem adiantar os dados comparativos ao igual período anterior, a fonte acrescentou que 691 foram partos normais sem intervenção cirúrgica para a expulsão do bebé e outros 422 ocorreram por cesariana para diminuir consideravelmente a mortalidade das mães e dos bebés.

Disse que seis pacientes foram submetidas ao tratamento cirúrgico por meio da histerectomia, devido à rotura uterina, que constitui uma das complicações obstétricas mais temidas da gravidez, podendo acarretar risco de morte tanto para o feto, quanto para a gestante.

Explicou que foram registados outros casos importantes de hemorragia, como placenta prévia (27), hematoma retroplacentária (26), hemorragia pós-parto (20) e gravidez ectópica (18).

Revelando que 20 parturientes morreram nesse trimestre, a enfermeira-chefe da Maternidade de Benguela notou que durante esse período houve 1383 nados vivos e 160 mortos.

Segundo ela, a malária com 55 casos e as doenças respiratórias agudas com 11 foram, entre outras, as principais causas que levaram ao internamento de gestantes na referida unidade hospitalar.

A Maternidade do Hospital Geral de Benguela conta com 49 enfermeiros nas áreas de gineobstetrícia, neonatologia e clínica geral, bem como dois médicos angolanos, igual número de russos e um cubano.


Club de Imprensa de Benguela homenageia mulheres jornalistas


Jornalistas distinguidas pelo CIB 

Benguela, 01/Abril – A direcção do Club de Imprensa de Benguela (CIB) realizou quinta-feira, 1,no auditório da Emissora Provincial da Rádio Nacional de Angola, um acto de homenagem a 15 mulheres jornalistas de diversos órgãos de Comunicação Social, como forma de valorizar o seu empenho no desenvolvimento local e na preservação da paz.

A homenagem as profissionais da ANGOP, TPA, Rádio Benguela e Emissora do Lobito, às quais foram atribuídos certificados de mérito e brindes, foi presenciado pelo bispo emérito da Diocese de Benguela, dom Óscar Braga, administrador municipal, Manuel Lucombo, para além do presidente do CIB, Eugénio Ferreira.

Entretanto, ao intervir no acto, a directora provincial da Família e Promoção da Mulher em Benguela, Maria Idalina Carlos, considerou o acto de importante, a julgar pelo contributo que as mulheres jornalistas emprestam para o desenvolvimento da sociedade angolana.

Qualificou ser digna a homenagem às mulheres jornalistas que ao longo da sua carreira profissional têm pautado por um desempenho exemplar, associada à capacidade intelectual, competência, brio e espírito de missão.

Para a directora Maria Idalina Carlos, essa cerimónia valoriza não só o importante papel dos médias mas demonstra que as mulheres desempenham um papel determinante na sociedade.

“Costuma a dizer-se que ao lado de um grande homem está sempre uma grande mulher”, enfatizou, defendendo que se continue a trabalhar na massificação de todas as questores relativas ao género para o estabelecimento de acções que garantam o respeito aos direitos das mulheres.

Por sua vez, o vice-governador provincial de Benguela para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, António Henrique Calengue, diz-se satisfeito com a iniciativa do CIB em homenagear mulheres jornalistas, sugerindo que actividades do género deveriam ocorrer não só em Março como em outros momentos do ano.

O governante afirmou que essa cerimónia de homenagem deixa claro que as jornalistas merecem toda a atenção especial da parte da sociedade.

António Calengue falou ainda da mulher como pedra basilar para a construção da paz e como interveniente e com responsabilidade acrescida na educação e na formação da personalidade dos filhos.

“Ao longo dos séculos as mulheres em Angola têm sido um bom exemplo de coragem e camaradagem ao lado dos esposos, representando de quando em vez o papel de verdadeiros pilares do lar”, frisou.

Aproveitou também para salientar a responsabilidade das mulheres jornalistas em relação à educação, por meio dos meios de Comunicação Social, para que os cidadãos cultivem todos os dias o espírito de paz, que contribua na formação do novo homem angolano


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Impactos do CAN2010 percepcionados nas infra-estruturas em Benguela

Benguela, 12/Jan– As infra-estruturas desportivas, hoteleiras, hospitalares e aeroportuárias que se mantiveram um ano depois de a cidade de Benguela ter acolhido o Grupo “C” da 27ª Taça de África das Nações CAN2010 em Futebol foram um dos principais impactos provindos da organização do evento.

Milhares de visitantes que tomaram Benguela no segundo maior estádio do CAN2010 (tem 35 mil lugares), onde competiram na fase preliminar as selecções do Egipto, Nigéria, Moçambique e Benin, viram os angolanos a pôr em campo toda a sua capacidade de trabalho, vontade e determinação que fizeram da prova uma grande celebração.

O Egipto conquistou a prova no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, (50 mil lugares) mas no fim do CAN2010 os verdadeiros vencedores foram os angolanos que acreditaram e mostraram à África e ao mundo do que são capazes.

Dos maiores ganhos da competição, destaca-se o facto de ter provado haver uma capacidade mobilizadora, motivadora e confiança no futuro na população benguelense, que ainda recorda com emoção todos os jogos no Estádio Nacional de Ombaka.

Na celebração do primeiro aniversário do CAN2010 percebe-se que a organização deste grande evento com elevada notoriedade alavancou a imagem de Benguela, em particular, e do país, em geral, pois foi um motor decisivo para alterar percepções e motivações, interna e externamente.

Com efeito, o sucesso do CAN2010 fez com que a imagem de Angola também passe a incluir a capacidade de executar grandes obras dotadas de modernidade.  

O CAN 2010 melhorou claramente a estima dos angolanos por Angola. Sentimentos como orgulho, união, alegria, entusiasmo, confiança, motivação ou patriotismo, demonstrados sempre com uma grande emoção, simbolizaram a festa africana de cariz desportivo, de Cabinda ao Cunene.

Além disso, uma corrente de solidariedade foi criada em volta da selecção nacional de futebol em honras com a exposição de bandeiras, cachecóis e outros peças propagandísticas nos carros e até nas janelas das casas um pouco por todo o país.

A realização deste evento especial de futebol fez com que os turistas viessem para verem os jogos, o que ajudou a melhorar os níveis de turismo e as condições que se podem proporcionar neste sector.

Além disso, o CAN também permitiu passar o valor da gastronomia e, sobretudo, da hospitalidade aliada à amizade e ao facto de os angolanos facilmente fazerem amigos e porem os outros à vontade para virem ao país e conhecerem o que há a nível de natureza e monumentos.

Na sociedade benguelense não há dúvida de que o CAN2010 teve impacto: fortaleceu-se o sentimento de patriotismo e as pessoas acabaram por viver esse período de uma maneira muito mais intensa, pois não se limitavam a ver o jogo no estádio, na TV ou em casa, elas vinham para a rua festejar e conviver umas com as outras.

Quando se começou a falar no CAN2010 e na necessidade de se construir uma série de estádios, muita gente estava descrente se os Angolanos conseguiriam ter aquilo pronto a tempo e horas. Não só o conseguiram, como o fizeram com uma boa organização. Isto veio também provar que, diante de desafios, Angolanos se excedem nos seus esforços e conseguem.

Os impactos do CAN 2010 em Benguela e nas demais cidades-sede são visíveis ao nível do turismo, da economia, das infra-estruturas e da imagem das localidades.

O Estádio Nacional de Ombaka, um imponente gigante de Betão de Benguela, cuja obra é de singular beleza arquitectónica, tem capacidade para 35 mil espectadores e é o segundo maior recinto desportivo construído para a Taça Africana, depois do 11 de Novembro, em Luanda, para 50 mil lugares.

A reabilitação dos estádios do Municipal e do Atlético de São Filipe, em Benguela, do Buraco da Académica do Lobito e do Clube União da Catumbela, a par do campo do quintalão da BAOC, onde as selecções se treinaram, são ganhos desportivos trazidos pelo campeonato africano à terra das “Acácias Rubras.

O aeroporto “17 de Setembro”, nos arredores da cidade de Benguela, apresenta agora uma nova imagem, como resultado de um investimento de oito milhões, 499 mil e 959 dólares norte-americanos efectuados para proporcionar maior conforto, mobilidade, acessibilidade e segurança aos viajantes e às aeronaves.

O CAN2010 ajudou a que mais de 500 mil metros quadrados de passeios fossem repostos nas ruas e avenidas das cidades de Benguela, Catumbela e do Lobito, incluindo lancis, pavimentação e sinalização horizontal.

O Hotel Praia Morena, que acolheu a selecção da Nigéria, foi reinaugurado para a Taça de África das Nações Orange Angola-2010, com 120 quartos modernamente equipados e distribuídos por dois edifícios conectados entre si.

Sessenta e oito novos apartamentos modernos e distribuídos por seis andares estão disponíveis em Benguela, após a inauguração do aparthotel “Mil Cidades”, no âmbito da XXVII edição da Taça de África das Nações Orange-Angola2010.

Com estes e outros resultados, um ano depois do CAN2010, é recomendável que Angola continue a apostar na organização de grandes eventos de elevada notoriedade, para uma melhor percepção da imagem do país.

Por: José Honório 


 


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Céu de Benguela ilumina-se com fabuloso espectáculo de pirotecnia

Benguelenses assistiram a um fabuloso evento
Benguela, 03/Jan– O céu da cidade de Benguela, município sede capital da província com a mesma designação, iluminou-se à meia-noite de sexta-feira a sábado, com um fabuloso espectáculo de pirotecnia, de maneira a assinalar a despedida de 2010 e a entrada do novo ano.

Segundo o administrador municipal de Benguela, José Manuel Lucombo, o festival, que iniciou a 0:00, contou com o apoio da Casa Civil da Presidência da República e durou 30 minutos, tal como aconteceu no final do ano de 2009.

O responsável acrescentou que os efeitos pirotécnicos formaram actos inigualáveis, realçando ainda mais a beleza da cidade das Acácias Rubras, facto que deixará saudades de 2010 no seio dos munícipes.

Tudo esteve preparado defronte ao pavilhão multiusos Acácias Rubras, onde houve uma sequência alucinante de movimentos, luz e efeitos pirotécnicos num espectáculo inovador que alegrou os benguelenses de todos os segmentos sociais.

José Manuel Lucombo disse que os munícipes assistiram ao grande festival de fogos-de-artifício, projectado com efeitos especiais e luminosos para celebrar a passagem do ano em terras de Ombaka.

Uma equipa multidisciplinar, que integrou agentes da Polícia Nacional, Bombeiros, fiscais da Administração Municipal de Benguela e cidadãos chineses,  garantiu o festival pirotécnico, além da segurança dos espectadores.

Por José Honório

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Jornalistas elegem novo elenco do núcleo sindical da TPA em Benguela

Jornalistas da TPA votam núcleo sindical em Benguela

Benguela, 08/12 – A nova direcção do Núcleo Sindical dos Jornalistas Angolanos do Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), em Benguela, que tem como delegado Severino João Sapalo, foi eleita terça-feira, com 19 votos a favor, para um mandato renovável de quatro anos.

Segundo o presidente da comissão que conduziu o acto eleitoral, Florêncio André, 20 membros, dos 31 previstos, participaram da votação da lista “A” e única, liderada pelo jornalista Severino João Sapalo, que desta forma exercerá o referido cargo até 2014.

O responsável afirmou que também foram eleitos os jornalistas Inocêncio Cabral (1º vogal), Conceição Wanga (2º vogal), Cardoso Muhongo e Daniel Mucano, como suplentes, de maneira a completar o novo corpo directivo da organização sindical na TPA em Benguela.

O pleito, a que assistiram o secretário provincial do Sindicato dos Jornalistas Angolanos em Benguela, Lilás André Orlov, e o presidente do Comité Nacional do SJA, Joaquim Domingos Freitas, ocorreu na redacção do Centro de Produção da TPA sob supervisão da comissão eleitoral para esse efeito criada e ainda registou um voto em branco e nenhum nulo.

A eleição do jornalista Severino João Sapalo ao cargo de delegado sindical foi aclamada pelos profissionais presentes que votaram nele face à sua experiência, competência e idoneidade para ouvir permanentemente as questões envolvendo os colegas e intermediar junto à direcção deste órgão de Comunicação Social para a busca de soluções adequadas.

O novo delegado sindical, que falava à Angop, momentos após o anúncio dos resultados, prometeu cumprir as prioridades da sua agenda, como a defesa dos interesses dos filiados perante a entidade patronal, a luta pela melhoria das condições salariais e laborais dos jornalistas, para além da promoção de acções de formação através de parcerias com associações para esse efeito vocacionadas.

Severino João Sapalo também apontou a defesa da participação dos profissionais locais em eventos nacionais e internacionais e o recrutamento de novos membros para o sindicato como acções a desenvolver, assim como a contribuição na resolução dos problemas laborais ao abrigo da legislação e normas vigentes.

De igual modo, sublinhou que se irá empenhar para estimular a unidade, a harmonia e a camaradagem no seio dos profissionais, incentivando-os ainda ao respeito dos princípios ético-deontológicos que regem a profissão jornalística.

“A dinâmica que hoje se verifica na média faz com que seja imperativa a actualização permanente dos conhecimentos dos jornalistas para que dominem as novas tecnologias que vão surgindo periodicamente”, assinalou, asseverando que quanto mais formado, mais facilmente o profissional compreenderá os acontecimentos locais e globais de forma clara, rigorosa e cientifica.

Severino João Sapalo, que sucedeu do cargo Joaquim Freitas, ainda anunciou dedicar especial atenção aos operadores de câmara da TPA em Benguela, tornando-os mais competentes por meio de uma formação especifica que se afigure indispensável ao exercício do seu trabalho jornalístico.

O líder do novo elenco sindical dos Jornalistas Angolanos na TPA em Benguela disse que assumiu esse desafio para defender os profissionais e torná-los mais eficientes, dadas às exigências da globalização a que se assiste nos últimos tempos.

ANGOP**

Jornalista da TPA obtém grau académico de mestre em Benguela

Jornalista torna-se "mestre" e reforça ensino no país

Benguela, 16/12 – O jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA), em Benguela, Joaquim Domingos Freitas, obteve quarta-feira, nesta cidade, o grau académico de Mestre, depois de ter defendido com êxito a sua tese em Didáctica do Ensino Superior na Universidade Regional Katyavala Bwila (URKB).

No auditório principal da reitoria daquela instituição universitária, Joaquim Freitas, obteve da parte do júri, presidido pelo vice-reitor para a área Cientifica da URKB, Afonso Dala, uma classificação de “muito bom” pela defesa da tese “Telejornalismo Educativo e Ensino da História Local de Benguela”.

Em declarações à Angop, Joaquim Freitas destacou que o trabalho ora defendido alerta a sociedade para a importância de se unirem sinergias e trabalhar cada vez mais no sentido de reverter a actual crise de valores éticos morais que se regista no seio da juventude.  

Segundo o mestre em Didáctica do Ensino Superior, já não há dúvidas de que essa crise de valores morais tende a se alastrar entre os jovens, motivo pelo qual se torna necessária a tomada de medidas educativas para combater eficazmente o fenómeno.

Adiantou ser essa razão por que escolheu a educação e o jornalismo, dada à grande influência sobre a conduta dos cidadãos e cujo casamento permite trabalhar para que ultrapasse tal crise, focalizando, sobretudo, a consciência histórica e a identidade cultural e nacional.

 “Sabemos que um dos parâmetros da formação da consciência histórica e da identidade nacional é exactamente a história”, salientou, notando que ao conhecer a história que o envolve, o cidadão terá uma maior consciência sobre os problemas e os diferentes aspectos que movem a dinâmica social.

Também acrescentou que a sua dissertação de mestrado apela para que se privilegiem as realidades histórico-locais numa conformação à realidade histórica nacional, a qual deve ser compreendida como um produto da primeira componente.

Os meios de Comunicação Social desempenham, como explica a fonte, uma inegável importância, de maneira que o cidadão movido pela história do local em que vive possa procurar cultivar a consciência histórica e a identidade nacional.

Manifestou-se regozijado com a classificação atribuída pelo júri, posto que o seu trabalho busca contribuir para o resgate dos valores morais e cívicos na sociedade, com vista ao fortalecimento da identidade nacional,

 “O trabalho apela para esse propósito e é para mim um grande jubilo trazer alguns contributos concretos, que se for adoptados ou implementados podem ajudar a que se crie nos cidadãos uma consciência histórica salutar e se fortaleça a identidade para a afirmação da cidadania”, referiu.

 Aproveitou ainda a oportunidade para anunciar que a tese final de mestrado “Telejornalismo Educativo e Ensino da História Local de Benguela” será publicada em livro a breve trecho para facilitar as pessoas a lê-lo e reflectir acerca da necessidade a melhoria do comportamento social entre os cidadãos angolanos.

Assistiram à cerimónia, para além do reitor da Universidade Regional Katyavala Bwila, Paulo de Carvalho, professores, discentes, entidades governamentais, políticas, religiosas, jornalistas, músicos, entre outros convidados.

Com ANGOP*

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Por: José Honório*

Acção do Executivo contra cheias chega a USD 39 milhões e trava assoreamento dos rios em Benguela




Vista panorâmica do rio Catumbela

Devido aos rios que a atravessam, a província de Benguela sofreu bastante os efeitos dos principais fenómenos climáticos como a cheia que ocorria com mais frequência nos rios Cavaco, Coporolo e Catumbela, em cujas margens nas últimas décadas, as populações ribeirinhas enfrentaram inundações periódicas que provocaram mortes de pessoas e animais domésticos, além da destruição de casas e largas áreas agrícolas.

Um dos principais problemas que afectam os rios, mormente, os que passam por grandes cidades, é o assoreamento. Neste processo ocorre o acúmulo de lixo, entulho e outros detritos no fundo dos rios, o que faz com que estes passem a suportar cada vez menos água, provocando enchentes em épocas de fortes chuvas.
As fortes chuvas que caíram a montante dos rios Coporolo, Cavaco e Catumbela contribuíram para o aumento do seu caudal, causando enormes danos estruturais. Mais de 85 hectares de terras aráveis e diversas infra-estruturas foram destruídas no Dombe Grande, no Vale do Cavaco e na Catumbela. Em alguns lugares dessas localidades, povoados inteiros foram inundados causando a deslocação dos seus habitantes para zonas mais seguras.
A caducidade, em alguns casos, e a destruição, em outros, dos sistemas de alerta rápido e de outros de monitoria e instrumentos de previsão e medição do caudal dos rios, como os higrómetros instalados no período colonial em várias estações meteorológicas e a ausência ao longo de muitos anos de trabalhos de manutenção para regular o leito dos rios, fez com que as enchentes se repetissem, apanhando de surpresa as vulneráveis populações, incapazes de por si mesmas, ultrapassar os níveis de calamidade que o transbordo dos rios provocava.

Acção da natureza  

Dos rios do litoral da província de Benguela, o Coporolo é o mais problemático, cujas enchentes causaram mortes, destruições, sofrimento da população ribeirinha e o desalojamento de pelo menos seis mil e cem pessoas ao longo do rio, sobretudo nas povoações de Luacho e Senje, onde os diques de protecção de ambas as margens foram destruídos, para além de estas localidades terem estado sempre na iminência do isolamento viário face ao estado precário das estradas que acumulam lamas e buracos ante às condições meteorológicas adversas.
Em Abril de 2001, o manancial de água do rio Coporolo transbordou e arrasou tudo o que encontrou pelo caminho. A população da comuna do Dombe Grande, estimada em 80 mil habitantes, entrou em pânico total devido ao sucedido. A inundação devastou lavouras e desalojou os populares.
o rio Cavaco, nos arredores da cidade de Benguela, registou três grandes enchentes nos anos de 1979, 1983 e 2002. A última, a mais severa, provocou o desabamento da ponte sobre o rio Cavaco, substituída em Março de 2005 por outra moderna.
A “fúria do Cavaco” em 2002 destruiu também mais de 200 casas e 35 hectares de culturas de populares nos bairros do Calomburaco, Cotel, Calomanga e Seta, além de ter causado a morte de duas pessoas arrastadas pelas correntes das águas.
Enquanto isso, o rio Catumbela, de regime permanente, apresenta até aqui os índices de assoreamento mais baixos dos últimos tempos, razão por que não provocou grandes inundações ao contrário dos outros dois, mas a expansão natural do seu caudal devastou nos últimos oito anos 50 hectares de terras agricultáveis, afectando assim a produção agrícola local.
Para evitar catástrofes, revelou-se importante a intervenção do Executivo com esse projecto de manutenção dos rios, através do processo de desassoreamento, que consistiu em retirar do fundo dos rios, com o uso de máquinas, todo tipo de lixo e detritos depositados, de modo que se aumente o escoamento do caudal para o mar.
Depois de muitos apelos, finalmente, o Governo planificou os recursos financeiros e lançou mãos à obra para o desassoreamento inicial dos três Cês: Cavaco, Coporolo e Catumbela, com 39 milhões de dólares norte-americanos para dar mais segurança e tranquilidade às populações ribeirinhas que sofreram bastante os efeitos devastadores das inundações.
Como prevenir é melhor que remediar, além do desassoreamento dos três rios, as autoridades locais dão-se conta que precisam de implementar outras medidas para prevenir eventuais secas, por meio da construção de três estações hidrométricas em Benguela, com vista a monitorar o sistema de alerta rápido das chuvas na região.
Os empreendimentos, que consistem na medicação dos níveis de águas em rios e índices pluviométricos (chuva), estão orçados em um milhão de dólares americanos, num financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Inarate, uma instituição da Noruega ligada aos serviços de protecção civil.
Mais do que combater enchentes e garantir maior segurança às comunidades locais, às culturas e às infra-estruturas diversas localizadas nas proximidades das margens dos rio, a regularização veio mudar a “cara” desses rios, bastando para tal passear por uma das margens e se surpreender ao ver o rio aparecer em locais onde antes só havia entulho e agora uma agradável vista panorâmica.
 “As obras de regularização dos rios Coporolo, Cavaco e Catumbela também têm um forte cunho social”, como explica Manuel Ximenes, da Odebrecht, responsável pelo projecto. O Coporolo e o Cavaco são rios intermitentes, mas representaram uma ameaça iminente à vida das populações e às actividades agrícolas em suas margens. 
“Há anos, quando chovesse nas cabeceiras, sempre na mesma época do ano, entre Novembro e Abril, as águas retornavam com muita força, derrubavam casas, acabavam com as plantações e às vezes faziam vítimas mortais”, recorda.
Sublinhou que no rio Catumbela as obras de regularização estão mais avançadas e revelaram a existência de diques antigos, abandonados, sem manutenção há mais de 40 anos, mostrando que os problemas das enchentes já perduram há muito tempo.
Destacou que nas épocas de chuvas, estes trabalhos jogam um papel fundamental na contenção das águas pluviais no curso dos rios por meio de diques, protegendo Catumbela das cheias do rio Catumbela; Benguela, do Cavaco; e Dombe Grande, do Coporolo.

Conquista
O vice-governador provincial de Benguela para o Sector de Organização e Serviços Técnicos, Eliseu Epalanga, entrevistado pela Angop, confirmou que a primeira fase de regularização do leito destes rios foi implementada com êxito, por cujos benefícios sociais as populações ribeirinhas se alegram, pois ainda que chova grandes quantidades, os receios de que as casas sejam desabadas e as culturas alagadas e arrastadas ao mar já pertencem ao passado.
Eliseu Epalanga anuncia para breve o inicio de uma segunda etapa destinada à conclusão do processo de regularização, com obras mais profundas nas bacias hidrográficas dos rios.
 “Acredito que os benefícios serão duplicados depois dessa derradeira intervenção que virá a ampliar a capacidade de retenção das águas pluviais e o seu escoamento até ao oceano Atlântico, evitando o risco de, em pouco tempo ficarem novamente assoreados”, sustentou.
Também lembra os enormes prejuízos causados pelos três rios às populações em suas margens, para além de que quantidades consideráveis de culturas plantadas nas imediações do Cavaco, do Coporolo e da Catumbela tenha sido destruídas.
Face a essa situação, disse, as autoridades accionavam os mecanismos de emergência, retirando as famílias das áreas afectadas, realojando-as em tendas instaladas em localidades mais seguras e providenciando os kits de ajuda, como alimentos não perecíveis, artigos de higiene e limpeza, roupas, colchões, cobertores, mosquiteiros e medicamentos para o tratamento de doenças como a diarreia, comum na época chuvosa.
“Se se justificar a edificação de uma marginal junto ao rio Cavaco, tal como aconteceu no Catumbela, o governo empenhar-se-á para tal, notou, asseverando que o país está em desenvolvimento, daí que as autoridades assumam a responsabilidade de criar condições para evitar que a população sofra com o transbordo dos rios.
Para o director provincial do Urbanismo e Habitação, arquitecto Zacarias Camuenho, o desassoreamento é uma acção de prevenção contra eventos climáticos como cheias, protegendo a população, as habitações construídas nas margens e as zonas agrícolas, no município de Benguela e nas comunas da Catumbela (Lobito) e Dombe Grande (Baía Farta).
Já na visão do engenheiro agrónomo Abrantes Sequesseke, director provincial da Agricultura e Desenvolvimento Rural em Benguela, há multo que estes rios necessitavam de desassoreamento para atenuar os transtornos ocasionados a população ribeirinha e evitar novas e perigosas inundações.
Sequesseke  considera o desassoreamento dos três Cês (Cavaco, Coporolo e Catumbela) de grande conquista à população, o que só foi possível devido à visão estratégica do Executivo angolano. Isto veio ainda relançar a agricultura nos vales dos rios, uma vez que as culturas e infra-estruturas produtivas foram afectadas pelas últimas enchentes.
Sinistrados vêem sonho transformado em realidade
Entrevistadas, algumas das vítimas das cheias nos bairros do Calomburaco, Cotel, Calomanga e Massangarala, nas margens do rio Cavaco, mostram-se felizes porque não sofrem mais com as chuvas que antes faziam o rio transbordar, tirando o sono à população impávida e serena ante a fúria da natureza e aos danos materiais e humanos.
Gaspar de Oliveira Pereira e César Armando, que vivem no Calomburaco há mais de 10 anos, dizem que a regularização do leito do rio é uma bonança, depois da tempestade, mas sugerem a construção de balneários e lavandarias públicas na segunda fase do projecto para a educação da população na preservação do meio ambiente.
Ambos os interlocutores, cujas casas estão reconstruídas uma da outra, lembram, emocionados, o inolvidável domingo de Páscoa, em Abril de 2002, “quando as águas do rio Cavaco galgaram inesperadamente às margens, as suas casas foram destruídas e só depois de um ano as reedificaram , em meio a muitas dificuldades.
Para a camponesa Cristina Kandimba, 89 anos de idade, residente no Cotel há 60 anos, a população está orgulhosa pelo trabalho feito pelo Governo, os receios que antes marcaram o seu quotidiano já ficaram para trás e com o desassoreamento do rio, agora há mais força e vontade de trabalhar para ajudar o país a desenvolver-se.
 “Depois de as chuvas torrenciais de 2002 terem feito o rio Cavaco transbordar, as pessoas ficaram muito aflitas sem saber o que fazer, porque as suas casas foram atingidas e arrastadas pela força das águas. Perdemos os nossos parcos recursos, mas tudo isso já passou”, ironiza Cristina Kandimba, que louva a boa vontade política do Executivo angolano, para que esta obra de combate a enchentes fosse concretizada.
Por sua vez, o soba adjunto dos bairros Cotel, Massangarala e Quioxe, adjacentes ao rio Cavaco, Fabião João, diz que o desassoreamento ajuda a combater às enchentes, daí que a obra esteja a ser aplaudida por todos quantos já sofreram, visto que as casas e culturas estão mais protegidas.
Curso dos trabalhos
Fiscalizadas pela firma libanesa Dar Al-Handasah, as obras, que compreendem uma bacia hidrográfica na ordem dos 38 mil metros quadrados, foram adjudicadas em Outubro de 2005 à empreiteira brasileira Odebrecht em parceria com a Paviterra, e tiveram um cronograma de execução de 18 meses, em duas fases: a primeira contemplou a construção de diques de protecção nestes rios e a feitura de aterros na ordem dos 834 mil metros cúbicos para regularizar os seus caudais.
A etapa complementar está reservada para obras de carácter definitivo, contemplando as infra-estruturas hidroeléctricas, económicas e sociais ao seu redor, com realce para a açucareira do Dombe Grande, no caso particular do rio Coporolo.
O rio Catumbela foi desassoreado numa extensão de 17 mil e 500 metros quadrados, o Coporolo em 16 mil metros quadrados, enquanto o Cavaco em quatro mil e 500 metros quadrados. No último, prevê-se a construção de uma avenida que se ligará à marginal da Praia Morena ao longo do rio, o gerou expectativa nos munícipes.
Só nas obras no rio Cavaco, onde foram feitos diques de protecção de quatro metros de altura e igual número de largura, numa extensão de 12 quilómetros de aterro, trabalharam cerca de 100 pessoas, dos quais dois brasileiros, que movimentaram oito camiões basculantes, duas moto niveladoras, um buldozer, uma retro escavadeira,  uma retro compactadora, além de dois camiões cisternas.
No Catumbela, onde a edificação de diques abrangeu apenas três quilómetros da margem direita, houve uma alteração para a melhoria do projecto inicial, que se baseou na construção do dique e de uma via de acesso com quatro metros de largura, além da inclusão de um projecto que visou à construção de uma marginal de 50 metros que deverá ser loteada para se erguer residências, áreas de lazer, adjacente ao actual zoológico.
Seria utopia descurar o benefício directo do desassoreamento dos rios Catumbela, Cavaco e Coporolo na geração de 500 postos de trabalho que diminuíram os índices de desemprego no seio dos jovens, alguns dos quais receberam nos estaleiros da Odebrecht a formação técnico-profissional em construção civil, motoristas de caminhão, operadores de máquinas pesadas e auxiliares técnicos.
Uma pujança à agricultura e ao turismo

De acordo com o director provincial de Benguela da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Abrantes Sequesseke, os rios Coporolo, Cavaco e Catumbela contêm bacias hidrográficas úteis ao fomento da actividade agrícola, por isso o seu desassoreamento proporcionará bons rendimentos aos agricultores, visando desenvolver a economia dessas localidades.
Afirma que após a província ter perdido nos últimos oito anos mais de 85 hectares de terras aráveis, em consequência das inundações, chegou o momento adequado para se reinvestir no sector agrícola, mormente nas localidades mais afectadas pela crise.
Asseverou que só nas margens do rio Cavaco foram destruídas cerca de 35 hectares de terras aráveis e 50 na Catumbela, por causa das águas torrenciais que transbordaram dos rios. Em relação ao Coporolo, o responsável foi parco em pormenor.
O engenheiro agrónomo atesta que desassoreamento trouxe benefícios incalculáveis, como o relançamento e aumento da actividade agrícola em Benguela, na medida em que os agricultores já não perderão áreas aráveis junto aos rios Cavaco, Catumbela e Coporolo nas próximas décadas.
Para os agricultores Gaspar Pereira e Cristina Kandimba, agora os camponeses trabalham com mais tranquilidade e auto-confiança. “Nos terrenos agrícolas, junto às margens do Cavaco, estamos a relançar a agricultura para a subsistência das famílias, através dos rendimentos que aliviam as dificuldades sociais por que passávamos”, frisaram.
Neste momento, reconheceram os homens do campo, a maioria dos agricultores locais afectados pelas enchentes já retomou as suas actividades nas margens do Cavaco, estando a produzir hortofrutícolas e tubérculos.
No Cavaco, segundo dados, havia no período colonial 700 hectares de bananais diversos, cuja produção se estimava em perto de 25 mil toneladas da banana destinadas à exportação para Portugal, Áustria, Suíça, Alemanha e Dinamarca, graças à  estabilidade que reinava e às estruturas para o apoio técnico-científico.
Actualmente o nível de produção deste produto reduziu drasticamente dado, por um lado, ao conflito armado que assolou no país e fez com que os agricultores estivessem incertos à produção e, por outro, ao fraco apoio técnico e material a que estavam votados neste período de instabilidade.
Com o actual ambiente de paz e estabilidade económica, o Executivo, para além de combater às cheias, vem criando condições favoráveis para impulsionar os investidores estrangeiros a contribuírem no relançamento do sector agrícola em localidades cujas potencialidades estejam comprovadas.
A Catumbela dispõe de inigualáveis belezas tropicais, como o parque dos Bambus, as Palmeirinhas e o majestoso curso hídrico que serpenteia dentre montanhas. Tais potencialidades turísticas estão a ser por meio do desassoreamento aproveitadas gradualmente.
Prova inequívoca disso, é o facto de ter sido construída uma grande avenida marginal no rio Catumbela, onde estão projectados prédios, hotéis e restaurantes, criando um complexo turístico que valorize a beleza da região e estimule o turismo.

*Jornalista da Agência Angola Press


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Catumbela ganha nova cerâmica que produzirá 400.000 tijolos dia



Kangamba aposta na produção de tijolo na Catumbela 
Benguela, 22/10  – A comuna da Catumbela, localizada no município do Lobito, província de Benguela, vai a breve trecho ganhar uma nova cerâmica com capacidade de produzir 400 mil tijolos por dia, num investimento privado de 35 milhões de dólares norte-americanos a cargo das Organizações Kabuscorp do Palanca.

A informação foi avançada à imprensa nesta quinta-feira, no município do Lobito, pelo presidente das Organizações Kabuscorp do Palanca, Bento Kangamba, acrescentando que a verba também inclui uma unidade hoteleira que está a ser construída naquela localidade entre os municípios do Lobito e de Benguela.

Bento Kangamba disse que a cerimónia de lançamento da primeira pedra para o início das obras destinadas à fábrica acontece nos próximos dias, com a presença de diversas personalidades.

Adiantou que na cidade do Luena, capital provincial do Moxico, também vai ser edificada uma unidade fabril dedicada a feitura de tijolos para atender às necessidades do sector da construção civil.

Deu a conhecer que estes projectos foram concebidos com a pretensão de se emprestar um contributo ao processo de desenvolvimento socioeconómico do país, que se encontra numa etapa de reconstrução e construção de infra-estruturas indispensáveis ao bem-estar da população.

Asseverou que à semelhança dos empresários estrangeiros que investem em Angola, os “filhos da terra” também devem se preocupar em fazer alguma coisa útil e que ajude a acelerar o progresso que se pretende.

Além disso, a comuna da Catumbela, um dos principais pólos industrias da província de Benguela, conta com a cerâmica do Grupo Porto Belo, que em finais do ano de 2008 aumentou a sua capacidade de produção para 600 mil tijolos por mês, contra os 500 mil desde que há cinco anos iniciou a sua actividade, com o objectivo de atender cada vez mais a procura pelo produto no mercado local e não só face à reconstrução do país. 

O preço de um tijolo na cerâmica Porto Belo, que também se dedica ao fabrico de telhas, mosaicos, varia de 60 a 69 kwanzas mediante o tipo e o tamanho. 

Actualmente, além da província de Benguela, o Huambo, o Bié e o Kwanza Sul constituem o principal mercado de escoamento de tijolos produzidos pela unidade fabril, que conta com pelo menos 100 trabalhadores efectivos e colaboradores.

Kangamba subsidia combustível de táxis para desencorajar subida do preço


Empresário da Juventude, Bento Kangamba
Benguela, 21/10 – Pelo menos cento e 57 taxistas, dos mil e 500 previstos, receberam esta quinta-feira, no município do Lobito, da parte do presidente das Organizações Kabuscorp do Palanca, o empresário Bento dos Santos Kangamba, quatrocentos dólares norte-americanos, cada, para os apoiar na aquisição de combustível, com vista à manutenção do preço de 100 kwanzas na corrida Benguela-Lobito, Benguela-Baía Farta e vice-versa, além da tarifa de 50 de e para os bairros.

Intervindo no acto de entrega da verba aos taxistas, presenciado pelo secretário da comissão instaladora da Associação dos Taxistas do Lobito, Ernesto António, o empresário Bento Kangamba assegurou que sensibilizou os taxistas a manterem os preços que vêm praticando nos últimos anos, enquanto decorrerem as negociações sobre a proposta da subida da tarifa para as rotas aludidas entre a sua representação e a comissão para esse efeito criada.

Fez saber que foi convidado pelos taxistas a fim de mediar o seu impasse com a Polícia Económica, que os impediu de aumentar o preço para 150 Kwanzas contra os actuais 100 nas rotas entre os três municípios do Litoral desta região, e 100 face aos 50 que cobram de e para os bairros periféricos, tendo aqueles ameaçado paralisar os veículos.

O responsável disse que interveio como defensor do povo, pois se o comboio dos Caminhos-de-ferro de Benguela (CBF) não circula há cerca de três anos na rota Benguela-Lobito e vice-versa, era pertinente evitar-se a paralisação dos táxis a fim de que os trabalhadores e outros cidadãos se desloquem sem transtornos às localidades citadas para desenvolver as suas actividades diárias.

Acrescentou que a oferta visou consciencializar os operadores das viaturas “azul e branco” para parar as manifestações ilegais, pois devem preocupar-se sobretudo com a criação da sua associação nos próximos dias, visando à unidade, à coesão e à organização e à legitimidade para encontrar junto ao Governo da província de Benguela uma solução adequada sobre a tarifa.

“Para pararmos a greve dos taxistas, demos a cada um 400 dólares no sentido de que comprem gasolina ou gasóleo para abastecer as suas viaturas, trabalhem esses dias até que as autoridades competentes da província de Benguela e não só respondam à proposta da subida de preço por eles apresentada”, disse.

Enfatizando conhecer bem a realidade do país, razão pela qual tem se dedicado à causa da juventude angolana, o empresário Bento Kangamba sublinhou que intercedeu especialmente a favor da população, moralizando os taxistas de maneira a repor a circulação dos táxis nas rotas em referência.

O presidente das Organizações Kabuscorp do Palanca assegurou, na ocasião, ser portador de uma mensagem dos taxistas para as autoridades governamentais locais e a nível Central, cujo teor está relacionado com a necessidade de se buscar cada vez mais soluções indispensáveis ao bem-estar do povo.

Igualmente desencorajou os jovens que manuseiam os automóveis orientados para o serviço de táxi, para não se aproveitarem de qualquer situação que ocorra para criar distúrbios nas ruas ou especular preços sob pena de sofrerem medidas punitivas da parte da Polícia Nacional.




Taxistas mantêm preço enquanto se negoceia aumento da tarifa em Benguela


Benguela, 21/10  – O secretário da comissão instaladora da Associação dos Taxistas do município do Lobito, província de Benguela, Ernesto António, prometeu esta quinta-feira, que o preço de 100 kwanzas praticado na rota Benguela-Lobito, Benguela-Baía Farta e vice-versa vai continuar, enquanto se negocia com as autoridades competentes uma nova proposta apresentada na sequência da subida da tarifa do combustível no país.

Segundo o responsável, que falava à imprensa, o comportamento dos taxistas veio ao encontro da mensagem de encorajamento do empresário Bento Kangamba, que ajudou 157, dos 1.500 previstos proprietários de viaturas que prestam este serviço, com 400 dólares, cada um, para comprar combustível e continuar a circulação sem especular o preço.

Manifestou-se satisfeito com a atitude do empresário Bento Kangamba, tendo dito que o preço de 50 kwanzas de e para os bairros das localidades referidas também não sofrerá alteração, na medida em que os taxistas devem aguardar pelos resultados da negociação aberta em função da nova tabela, que propõe uma tarifa de 150 para as rotas entre aqueles municípios e 100 para a periferia.

Afirmou que com a verba recebida, os taxistas vão adquirir combustível para abastecer as suas viaturas durante mais de um mês, “sem precisar de recorrer ao aumento do preço uma vez que está em curso o processo de negociação entre a comissão instaladora da associação e os demais sectores intervenientes nesta matéria”.

Agradecendo e esperando que exemplos semelhantes como do empresário Bento Kangamba se repitam, o interlocutor salientou que neste momento todos os taxistas estão incentivados a reiniciarem a actividade com lealdade diante do povo.

Espera que haja um acordo sobre a nova tabela de preços entre a associação e as autoridades competentes para se contornar toda a situação que coloque em risco a actividade de transportes de passageiros das e para as localidades de Benguela, Lobito e Baía Farta.

Além dos 157 taxistas que já receberam o valor financeiro, prosseguiu, outros também vão se beneficiar, à medida que forem registando outros taxistas mediante apresentação de documentos comprovativos sobre o exercício da actividade.

Por outro lado, disse estar em carteira para o próximo ano a criação da associação municipal dos taxistas do Lobito para se imprimir mais organização e rigor na discussão de questões de interesse da classe.

“Há necessidade de subida dos preços dos táxis para compensar os mais de três mil Kwanzas que são empregues diariamente na aquisição seja da gasolina, seja do gasóleo, mas isso só deve ocorrer quando a proposta for aprovada”, atestou.

Por sua vez, Matias augusto e Daniel Dunga, que operam na rota Lobito-Benguela, há 12 anos, consideram de valioso o gesto do empresário da Juventude, porque veio moralizar os taxistas que se encontram desmotivados e na iminência de aumentar o preço da corrida, situação já ultrapassada devido à intervenção de Bento Kangamba.

Exortam todos os taxistas para que sigam esta orientação e desenvolvam a actividade sem adulterar a actual tabela de preços, até porque com os 400 dólares auferidos vão poder pagar o combustível até à aprovação da proposta por parte da comissão multissectorial que trabalha neste dossier.


Presidente do Kabuscorp intervém para solucionar impasse por aumento da tarifa de táxi em Benguela





Solidário com o povo, Kangamba ajuda taxistas 
Benguela, 20 Out – O presidente das Organizações Kabuscorp do Palanca, o empresário angolano Bento dos Santos Kangamba, resolveu esta quarta-feira, no município do Lobito, intervir no impasse entre os taxistas e a Polícia Económica na província de Benguela, como resultado do aumento desde terça-feira do preço de táxi de 100 para 150 na rota Lobito-Benguela e de 50 para 100 de e para os bairros em ambas as cidades.

Segundo o empresário desportivo, que falava num encontro com jornalistas, depois de já ter se reunido com os automobilistas, uma vez que os taxistas justificam a sua atitude repentina devido à subida do preço dos combustíveis no país, cada taxista, dos 1500 que operam nos referidos eixos rodoviários, vai receber nesta quinta-feira 400 dólares norte-americanos para custear as despesas da gasolina e do gasóleo durante mais de um mês.

De acordo com ele, a intervenção das Organizações Kabuscorpo do Palanca tem como principal objectivo ultrapassar esta situação, que terça-feira já criou prejuízos a centenas de trabalhadores do sector público e privado, daí que a expectativa seja de que todos os taxistas recebam a verba, retomem o trabalho e a crise termine.

Em meio a todo este impasse, Bento dos Santos Kangamba esclareceu que esta intervenção se destina exclusivamente a evitar um eventual caos que geraria a paralisação dos táxis, por isso com esse dinheiro os taxistas poderão comprar combustível para assegurar a circulação dos seus automóveis por mais de um mês.

“Interviemos como uma possibilidade a fim de que a circulação de táxis seja retomada a cem porcento e sem embaraços para se proteger os trabalhadores que para ir ao Lobito ou a Benguela dependem desses serviços”, sublinhou, considerando que está a cumprir apenas um dever moral e cívico, enquanto defensor da causa da juventude, transmitindo-a valores, auto-estima e força para viver e vencer as dificuldades materiais.

“Pretendemos prevenir quaisquer transtornos através dessa nossa intervenção, pois há trabalhadores e outros cidadãos que todos os dias apanham táxis”, acentuou, enfatizando que esta acção também concorre para a promoção da igualdade entre utentes de viaturas e aqueles sem estes meios.

A seu ver, a eventual paralisação dos táxis seria difícil para as crianças, jovens, adultos e idosos que sem esses meios vêem constrangimentos para se deslocar de um lado para o outro em ambas as cidades, isto porque o comboio dos Caminhos-de-ferro de Benguela deixou de circular na via-férrea Benguela-Lobito há cerca de três anos.

Avançou que recebeu o convite de jovens taxistas para mediar o impasse, acrescentando que o primeiro passo para a resolução do problema foi tomar consciência da sua dimensão e agir em defesa da população, através da subvenção do combustível no seio dos operadores de táxis que trabalham na principal via de ligação entre Lobito e Benguela, assim como nos bairros adjacentes a essas localidades.

Aproveitou ainda a oportunidade para alertar os taxistas sobre a importância de se organizarem em associação a fim de discutirem com as autoridades os problemas por que passam, visando a busca de consensos face às exigências actuais.

Quarta-feira, a maioria dos taxistas que operam no eixo Lobito-Benguela e na periferia das duas cidades iniciou manifestações e trava um braço-de-ferro com a Direcção Provincial de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas, vulgo Polícia Económica, que os impediu de subir o preço da corrida de táxi.

Apesar de encontros já realizados entre a Polícia Económica, a Direcção Provincial dos Transportes e taxistas para se inverter o quadro, tal impasse perdura porque os proprietários das viaturas “azul e branco” desacataram o apelo da polícia, justificando a sua atitude em consequência da subida do preço dos combustíveis no país.